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Agenda de Trump é Dúvida, mas Imposto no Brasil é Certeza

Publicado 27.03.2017, 10:17

Volta a pesar nos mercados internacionais hoje a derrota de Donald Trump no Congresso na última sexta-feira, quando a pauta sobre a mudança no sistema de saúde foi retirada de votação a fim de evitar um vexame dos republicanos. Os índices futuros das bolsas de Nova York caíam mais de 100 pontos logo cedo, imprimindo perdas ao redor de 1%, em meio às incertezas sobre a agenda pró-crescimento de Trump.

Só por aí, os mercados domésticos já devem sentir uma forte pressão vinda do exterior, diante das dúvidas sobre a capacidade de Trump de seguir adiante com as propostas de corte de impostos e aumento dos gastos públicos. Mas o cenário interno deve potencializar a tensão nos negócios, em meio à expectativa pela definição das contas do Orçamento e ao anúncio de elevação de tributos, que podem ser conhecidos amanhã.

Segundo o ministro Meirelles (Fazenda), o aumento de impostos no Brasil será temporário, voltando à alíquota normal em 2018, e terá um caráter específico, atingindo alguns setores que foram beneficiados por isenção fiscal. Mas o leque de opções não contempla nem IOF sobre o câmbio - o que pode trazer algum alívio à cotação do dólar - nem de crédito geral. Já o PIS/Confins, "se for necessário, haverá alguma coisa".

Por mais que ainda haja alguma indefinição em relação à carga tributária maior, os investidores refazem as contas, cientes de que haverá um ou outro aumento, ainda que temporariamente. A medida tende não só a comprimir a já fragilizada recuperação econômica como também elevar as dúvidas quanto à eficácia do ajuste fiscal. Afinal, a opção por onerar a sociedade reflete a incapacidade do governo em cortar os gastos.

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Essa percepção amplia a desconfiança dos mercados domésticos em relação às reformas estruturais, diante da percepção de que tais medidas podem ser desconfiguradas, reduzindo sua eficiência. Aliás, a vitória apertada no projeto de terceirização irrestrita incomodou os investidores em relação ao apoio da base ao presidente Michel Temer, diante dos aliados dissidentes na votação.

Mas o fato de a pessoa do presidente ter sido poupada em protestos realizados ontem em várias capitais no país ainda deve trazer algum alento. As manifestações foram esvaziadas, principalmente na cidade de São Paulo, na comparação com os atos de 2015 e de 2016, diante de uma pauta difusa, em defesa da Lava Jato e do fim do foro privilegiado.

Diante desse ambiente doméstico incerto e repleto de ponderações, é o desempenho dos negócios no exterior que deve pautar o dia no pregão local. Por lá, os mercados financeiros parecem cada vez mais céticos quanto à habilidade de Trump em cumprir suas muitas promessas de campanha, o que havia provocado um rali nos ativos de risco desde a eleição norte-americana em novembro.

Essa desconfiança dos investidores colocará ênfase nos indicadores econômicos, a fim de aferir a situação atual da economia global - pelo menos até que o próximo debate em Washington esteja mais avançado. Por enquanto, o sinal negativo vindo de Wall Street contamina a sessão na Ásia e na Europa, ao passo que os ativos mais seguros, como o ouro e os bônus soberanos, avançam. O dólar também recua, sendo negociado nos menores níveis em quatro meses ante os rivais, mas as commodities industriais, como o petróleo e o minério de ferro, sofrem fortes perdas.

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Na agenda econômica, o destaque é o Federal Reserve. Vários integrantes do colegiado, com e sem direito a voto, discursam ao longo da semana, e os investidores esperam encontrar pistas sobre o ritmo de alta dos juros norte-americanos, caso falhe a implantação de política fiscal expansionista do governo Trump. Qualquer demora no processo tende a beneficiar os ativos de maior risco, como dos países emergentes.

Já nesta segunda-feira falam o presidente da distrital de Dallas, Robert Kaplan (19h30), na primeira aparição de outras duas esperadas para os próximos dias, e também da unidade de Chicago, Charles Evans. Ambos são membros votantes neste ano. Na quarta-feira, é a vez da presidente do Fed, Janet Yellen.

No Brasil, a última semana de março terá divulgações de peso. O grande destaque é a questão fiscal. Além do decreto de contingenciamento do governo, que trará a necessidade de aumento de impostos para cumprir a meta fiscal deste ano, os números de fevereiro das contas públicas são esperados para os próximos dias, mas ainda não têm data definida.

Outro ponto de relevo na agenda doméstica é o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central, na quinta-feira. O documento pode trazer pistas quanto ao ritmo de queda da taxa básica de juros brasileira e ao tamanho do ciclo de cortes na Selic. O BC também pode lançar luz ao debate sobre a taxa estrutural de juros da economia.

Entre os indicadores econômicos, o calendário ganha força a partir de quarta-feira, quando sai a pesquisa de janeiro sobre o desempenho do setor de serviços. No dia seguinte, é a vez das vendas do varejo no mesmo mês e também do IGP-M de março.

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Já na sexta-feira, as atenções se dividem entre o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) no primeiro mês de 2017 e a taxa de desemprego no mês passado. Hoje, a pesquisa Focus, também do BC, deve continuar chamando atenção em relação à revisão das estimativas, para baixo, nas taxas de inflação, câmbio e de juros.

No exterior, entre os indicadores econômicos, saem dados de atividade nos EUA (amanhã) e na China (quinta-feira), além de números sobre a inflação na zona do euro e sobre a renda pessoal e os gastos com consumo nos EUA - todos na sexta-feira. Um dia antes, é a vez da terceira e última leitura do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no quarto trimestre de 2016.

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